9.8.07

TRANSPLANTADOS ESTÃO SEM MEDICAMENTOS

Na Sessão Ordinária, desta quinta-feira (09), a Vereadora Ana Corso/PT, e os Vereadores Guiovane Maria/PC do B e Vinicius Ribeiro/PDT dedicaram seus espaços na tribuna para fazer um apelo em nome dos transplantados, integrantes da Associação dos Renais Crônicos de Caxias do Sul RIMVIVER, que assistiam a Sessão. Os parlamentares se solidarizaram com a realidade de luta dessas pessoas pelos medicamentos especiais a que têm necessidade de tomar e os quais o Governo Estadual não está repassando.
A Vereadora Ana Corso afirmou que o problema está no não cumprimento da previsão orçamentária para a compra dos medicamentos. Dessa maneira, o Governo Federal repassa a verba, mas o Governo Estadual não a utiliza. “É uma incompetência do Secretário Osmar Terra, que tinha 103 milhões e gastou apenas 30% do recurso, o que importa mesmo é que se execute esse orçamento”, apontou.
Os problemas enfrentados pelos transplantados também foram avaliados pelo Vereador Guiovane Maria/PT. O parlamentar declarou que a Câmara tem obrigação de entrar nessa luta, juntamente com a Prefeitura. “Estas pessoas estão sendo discrminadas pelo Governo Estadual, temos que nos sensibilizar e fazer alguma coisa”, completou.
A Vereadora Geni Peteffi/PMDB criticou o Secretário Estadual da Saúde, Osmar Terra. “Ele não está gastando os recursos e, enquanto isso, pessoas estão perdendo a vida por falta da medicação”, ressaltou.
Já o Vereador Elói Frizzo/PPS reforçou que estão brincando com a vida das pessoas. “O próprio laboratório do Estado poderia produzir esses medicamentos, mas isso não acontece por força de interesses”, disse.
Uma atenção maior dos meios de comunicação em relação ao assunto foi cobrada pelo Vereador Alaor de Oliveira/PMDB. Já o Vereador Renato Oliveira cobrou uma atitude do Poder Executivo. “Não podemos mais esperar, essas pessoas moram em Caxias e pagam impostos aqui”, enfatizou.
O Vereador Vinicius Ribeiro ressaltou que a Câmara tem que ir atrás dos respectivos responsáveis que têm o poder de resolver esse assunto. “Minha sugestão é que saiamos daqui com a determinação de irmos ao encontro das pessoas que possam resolver isso”, avaliou.
A saúde no país foi definida como “sucateada” pelo Vereador Deoclecio da Silva/PMDB. “Essa situação vem de muitos anos e precisamos de uma solução”, alertou. Já o Vereador Alfredo Tatto/PT afirmou que a preocupação com a vida deve vir antes do que a preocupação com a realização de obras. “Se eu tivesse que optar entre fazer a Rota do Sol e comprar medicamentos, com certeza eu compraria medicamentos”, disse.
O Vereador Felipe Gremelmaier/PMDB fez coro aos pares.”A sociedade está farta dos discursos e tem que procurar uma solução efetiva para isso”, reforçou. Também o Vereador Edson da Rosa/PMDB clamou por mais atitude. “Se eu tivesse no lugar dessas pessoas, não gostaria de ouvir falar de números, temos que fazer a nossa parte na prática”, ponderou.
A solução sugerida pelo Vereador Pedro Incerti/PDT é um encontro com o Secretário Osmar Terra. ”Rascunhei um ofício em nome da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e vamos tentar uma reunião com o responsável exigindo uma atitude”, revelou. O Vereador Marcos Daneluz/PSB cobrou atitudes do poder público. “Se isso está acontecendo é por incompetência do poder público e isso tem que acabar”, destacou.
Presidindo a Sessão, o Vereador Francisco Spiandorello/PSDB, 1º Vice-Presidente da Mesa Diretora, informou que a Câmara de Vereadores recebeu diversos telefonemas enquanto os parlamentares debatiam a questão da falta de medicamentos. Entre eles, o de uma representante da Defensoria Pública, que pediu para divulgar que o órgão busca garantir medicamentos para pessoas que ganham até três salários mínimos por mês.
Os Vereadores foram unânimes em conceder um espaço na tribuna para o Professor Renato na qualidade de representante dos transplantados. “Aqui tem muitos líderes a cabe a cada um de nós sair daqui com coragem de enfrentar este problema. Que seja o momento antes de hoje e depois de hoje. Que fique o resgate pelo anseio de mudança”, concluiu.