Durante o governo Olívio Dutra, a partir da instalação pelo DAER de um sem-número de Controladores Eletrônicos de Velocidade, mais conhecidos como pardais (alguns herdados do governo Britto), nas estradas estaduais e do município de Porto Alegre, instituiu-se no Estado, especialmente a partir de manifestações de jornalistas e políticos de oposição, a expressão “FÚRIA ARRECADATÓRIA”. Derrotados os projetos petistas no Estado e em Porto Alegre, ao contrário do que se imaginava, isto é, que os ditos pardais seriam retirados, talvez substituídos pelas chamadas lombadas eletrônicas, aceitas e defendidas por praticamente 100% da população, o que se viu durante o governo Rigotto, além do aumento de impostos, foi a ampliação do número de pardais, instituindo-se, portanto, a FÚRIA ARRECADATÓRIA II.
Para surpresa de todos, ao final do governo Rigotto, especialmente no trecho urbano da BR-116 em nossa cidade, doze (12) lombadas eletrônicas (Galópolis, Marcopolo Planalto, Agrale e Jardim Eldorado) foram retiradas pela empresa responsável, por determinação do DAER, com as desculpas mais esfarrapadas, transferindo as responsabilidades para o governo federal, em que pese tal trecho ser de responsabilidade do DAER/CONVIAS.
Mesmo diante das denúncias que fizemos na Câmara Municipal e mesmo a ação conjunta com o prefeito em exercício Alceu Barbosa Velho contatando com o DAER e o DNIT/RS para a manutenção de tais lombadas, elas foram retiradas e substituídas por “tartarugas”, que absolutamente não trazem nenhuma segurança a maior aos pedestres, se esse era o motivo da anterior colocação das lombadas, ficando agora evidente que o objetivo escuso era, de fato, dar margem ao verdadeiro motivo da retirada: a sua substituição por Controladores Eletrônicos de Velocidade (pardais), o que está sendo anunciado pela PRF/RS, com a vinda para a cidade, no Posto da PRF, de dois Contradoresde de Velocidade (01 radar fotográfico móvel e 01 portátil).
A colocação de pardais nas estradas gaúchas - já são mais de oitenta (80) - e, de resto, no Brasil inteiro é matéria controversa, posto que, ao contrário de inibir altas velocidades e proteger os pedestres, tem o objetivo claro de ser um instrumento de aumento de receitas públicas.
Está, portanto, instituída no RS, no governo Yeda, a FÚRIA ARRECADATÓRIA lll, que, somada às ações diárias ostensivas da Brigada Militar para cima dos coitados dos motoristas que eventualmente estiverem com seu licenciamento (IPVA) em atraso ou com algum equipamento obrigatório em falta, deve estar enchendo as burras do Estado de recursos tirados dos mais desavisados do trânsito.
Cuidar da BR-116 no trecho urbano não é responsabilidade de ninguém (DAER, DNIT, CONVIAS). Colocar passarelas, duplicar o trecho que falta no Bairro São Romédio sobra sempre para a prefeitura. Ou então, se prorrogados os contratos de pedágios por mais 15 anos, eles até vão pensar no caso...
Tá na hora de parar com essa brincadeira. A hora é de brigar, não aceitar mais tais imposições. A cidadania tem de se levantar.
Faça a sua parte, não fique calado, senão a caravana passa!
