4.3.09

Aprovada Moção de Apoio às Escolas Itinerantes do MST.

A proposição de autoria da Vereadora Denise Pessoa/PT foi aprovada na sessão desta quarta-feira
A Moção defende a permanência das Escolas, tendo em vista a decisão do Ministério Público Estadual de fechá-las e encaminhar as crianças para as escolas da rede regular de ensino. Conforme Denise a escola itinerante é uma importante modalidade de ensino dos filhos e filhas de trabalhadores acampados. Essas instituições promovem a cidadania, respeitando as especificidades culturais e as condições materiais daqueles que, por meio do MST, lutam contra a injusta concentração fundiária no Brasil. A moção será encaminhada ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, à Governadora do Estado, à Secretaria Estadual da Educação, à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público, , à Comissão Pastoral da Terra e ao Ministério da Educação. Gustavo Toigo/PDT reconheceu a importância dos Movimentos Sociais, mas também defendeu a iniciativa do Ministério Público. Ele entende que as crianças têm direito a um currículo organizado, a professores capacitados, merenda escolar e ao processo de socialização com as demais crianças. Em respeito às nossas crianças e ao seu futuro, voto contra a Moção. Pedro Incerti, também do PDT, apoiou a decisão do Ministério Público, que teria interditado as escolas, já que as mesmas estariam trabalhando sem professores qualificados e com um currículo, que não abrangia somente as matérias previstas pelo MEC. Mauro Pereira/PMDB, se manifestou a favor da Moção. As crianças não tem culpa se estão crescendo num acampamento e têm o direito às escola, mesmo que seja sob uma lona. Ele lembrou que em Caxias, tem crianças estudando dentro de contêineres e que a Governadora não tem moral para fechar as escolas itinerantes.
Conforme Ana Corso/PT a medida do Ministério Público é arbitrária. A conquista das escolas Itinerantes foi resultado de muita luta, lembrou. Marcos Daneluz e Rodrigo Beltrão, ambos do PT, também se manifestaram a favor da Moção, por considerarem a decisão do Ministério Público de cunho político/ideológico. Para Assis Melo/PCdoB essa decisão não está embasada na educação e sim de retaliação aos Movimentos Sociais. Ensinar religião na escola pode, agora, ensinar o direito e o valor da terra não pode, concluiu.
04/03/2009 | CÂMARA DE CAXIAS DO SUL