24.6.08

Vereador Edio Elói Frizzo/PSB criticou a medida tomada pelo governo federal.

Lei seca é discutida em Plenário.
Na Sessão Ordinária, desta terça-feira (24), o presidente da Câmara, Vereador Edio Elói Frizzo/PSB, criticou a legislação federal que proibe os motoristas de ingerirem qualquer quantidade de bebidas álcoolicas. De acordo com o parlamentar, a nova lei foi feita na pressa e sem discussão nenhuma com a sociedade brasileira. “Por exemplo, tenho rinite e sinusite, por isso tomo xarope, então, se um policial me pegar, estou preso, com 950 reais de multa, carteira cassada e por ser uma figura pública, ainda fico exposto ao ridículo”, considerou. Elói Frizzo acredita que a medida acarretará conseqüências sociais e econômicas negativas. “Sou a favor de prender e multar quem está bêbado”, disse. “Agora, proibir o cidadão de tomar um copo de vinho durante a refeição é educativo?” A Vereadora Geni Peteffi/PMDB concordou com o colega. “Deveria se usar critérios que não prejudicassem a população e nem quem trabalha no setor vitivinícola, por exemplo”, complementou. Para o Vereador Mauro Pereira/PMDB, o governo deve mudar a medida. “Essa lei, da forma que foi feita, não vai escapar ninguém”, afirmou, “Isso vai causar um constrangimento aos cidadãos e prejudicar os trabalhadores”. Já o Vereador Francisco Spiandorello/PSDB comparou a legislação brasileira com a existente em países de primeiro mundo. “O que os países que conseguiram resultado fizeram não foi taxa zero”, avaliou. Em contraponto, a Vereadora Ana Corso/PT defendeu a medida. “A pessoa que bebe não deve dirigir nunca, e quem tem responsabilidade pública tem que fazer alguma coisa sobre as milhares de mortes que se procedem no trânsito”, ressaltou. O Vereador Alfredo Tatto/PT apoiou a colega de sigla. “Tem gente que vai para Nova Iorque e não se atreve a dirigir com um copo de álcool na cabeça, mas quando volta para cá critica, aqui vale tudo”, alertou.