30.5.09

Vereadores debatem reforma política.

Voto em lista, caixa 2 e financiamento público de campanha foram discutidos. Durante a Sessão Ordinária desta quinta-feira (14.05.09), os Vereadores protagonizaram um longo debate sobre a questão da reforma política. O Vereador Gustavo Toigo/PDT disse que a proposta do voto em lista dificultaria uma melhor avaliação do eleitor sobre o trabalho dos governantes. Segundo o Parlamentar o argumento de que o voto em lista fortaleceria os partidos é equivocado, na opinião de Toigo a melhor forma de fortalecer um partido é que ele trabalhe para melhorar as condições de vida do povo. Mauro Pereira/PMDB se solidarizou ao colega. “A lista fechada enfraquece os partidos, pois muitas vezes quem um dirigente de um partido imagina que é bom, o povo pensa diferente.” Harty Moisés Paese/PDT defendeu a liberdade do voto e se manifestou contra o financiamento público de campanha dizendo que o povo vai pagar pela campanha dos políticos corruptos. Assis Melo/PC do B declarou a sua opinião. “Falo pelo meu partido. Achamos que no Brasil as eleições são corrompidas, o dinheiro faz a diferença. Se é para ter igualdade é preciso que financeiramente sejamos iguais, para regrar isso é melhor que optemos pelo financiamento público de campanha. Não vamos fazer o discurso fácil de que se é público não pode. O povo já paga tudo. Uma empresa que dá dinheiro para o candidato está tirando de onde? O dinheiro sai do trabalho do povo, não há riqueza sem trabalho.” O Parlamentar disse ainda que o voto em lista seria a melhor alternativa, pois fortalece os partidos políticos. Paese ponderou dizendo que fala pelo PDT mas que sabe que tanto PDT quanto PC do B não são a causa da situação negativa que a política brasileira enfrenta hoje. O Parlamentar disse que se o povo paga tudo não é por isso que a situação deve ser agravada. O Vereador Marcos Daneluz/PT argumentou que o financiamento público de campanha pode não resolver o problema da corrupção, mas pode amenizar a situação. Rodrigo Beltrão/PT mencionou que existem pessoas que querem conservar o passado e não avançar. “O financiamento público de campanha além de dar condições iguais vai banir grande parte da corrupção, as democracias mais modernas já entenderam que o voto é no partido. Cada vez mais eu tenho a convicção que o sistema atual é falido.” O Vereador aproveitou para falar das denúncias de corrupção do governo Yeda. “Esses casos de corrupção são uma coisa nunca vista no Rio Grande do Sul, o próprio Vice Governador Paulo Feijó admitiu em entrevista para a rádio Guaíba que este governo é corrupto.” Toigo mencionou que casos de corrupção e caixa 2 também existiram no governo federal que é do PT. “Não podemos esquecer que existu o mensalão. O Presidente Lula teve 6 anos para fazer a reforma política e não fez.” Assis Melo argumentou que os responsáveis pelo mensalão já foram punidos. Rodrigo Beltrão voltou a se manifestar dizendo que quando os argumentos acabam o assunto do mensalão sempre é lembrado e aproveitou para dizer que se a reforma política não foi feita, foi por causa do Congresso. O Vereador Renato Nunes/PRB falou que, de acordo com o que tinha prometido, sempre que o assunto do voto em lista fosse debatido, ele sempre se manifestaria contrário. Falou também sobre o financiamento público de campanha. “Quero lançar um desafio aos colegas Parlamentares e para as pessoas que estão em casa. Gostaria que alguem me provasse que o financiamento público acabaria com a corrupção.” Segundo o Vereador esse financiamento tiraria o dinheiro que seria destinado para a saúde, educação e outras áreas importantes. “Acho justo que as pessoas possam fazer doações para o candidato de sua preferência, pode até se determinar um valor máximo de doação.”