8.11.08

CDH realizou seminário de capacitação para pais e professores. Assuntos como gravidez na adolescência e violência infantil foram debatidos.

A Comissão dos Direitos Humanos realizou nesta sexta-feira (07) o Seminário de Capacitação sobre a sexualidade na adolescência e formas de educar sem bater. Compuseram a mesa durante a palestra a Presidente da Comissão Vereadora Ana Corso/PT, o Pediatra João Celestino Trindade Quadros, a Coordenadora do Ambulatório Municipal de Atenção a Criança e Adolescente Vítimas de Maus Tratos – APOIAR Tania Santos, o Coordenador do Movimento pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Rinaldo Fernandes e a Coordenadora da Responsabilidade Social da Unimed Nordeste Alexandra S'antana. A Vereadora Ana Corso/PT abriu o evento citando uma das temáticas da tarde: “No país todos os anos temos 4 milhões de grávidas e 1 milhão são adolescentes. Isto gera uma série de problemas e danos psicosociais muito maiores. Em geral o pai abandona, elas deixam suas casas e abandonam os estudos. O intuito do encontro é ver o que podemos fazer e orientar os pais e professores”. O pediatra João Quadros iniciou sua explanação com a música Já Sei Namorar, do grupo Tribalistas. “São muitas perguntas. O único caminho é o do conhecimento e da responsabilidade. Hoje, com a Internet, as pessoas são virtuais. Tu pode criar o que você deseja ser., com os padrões de beleza que a sociedade exige. A sexualidade faz parte de toda a vida e na adolescência as experimentações são necessárias. No Brasil, a primeira relação sexual acontece cada vez mais cedo. É a geração do TER e não do SER. Existe uma precocidade nos comportamentos, a iniciação sexual é precoce, e as meninas engravidam cada vez mais cedo – entre 10 a 14 anos. Os números revelam que 100% das meninas que engravidaram saíram da escola. A gente tem por hábito olhar só para os outros e não percebemos o que está próximo de nós. Abusos sexuais estão no ranking das agressões em 27 municípios do nosso país”, informou. Ao longo da palestra do médico um grupo de adolescentes apresentou esquetes de teatro para exemplificar situações enfrentadas pelos jovens, tais como: ficar, puberdade, primeira vez e drogas. Tania Santos falou sobre educação e violência infantil. “Diariamente recebemos situações de crianças com abuso físico e psicológico. Os pais nos dizem que não têm outra forma de educar que não seja batendo. Eles acreditam que está forma dê certo. Mas a gente sabe que essas crianças sofrem e que existem conseqüências para tudo isso. Estes pais tem sim outras formas de educar com resultados bem positivos. São coisas simples que basta a pessoa escolher, querer e ter amor para isso”, esclareceu. Fonte: Câmara Municipal de Caxias do Sul