2.7.10

O tempo do vereador

O vereador Frizzo trouxe o assunto para a Câmara, houve um debate rápido, coisa aí de um dia, mas o tema passou como passam as nuvens e já caiu no esquecimento. Mas o problema persiste: é como se deslocar das regiões do Serrano e do São Ciro até o Centro pela 116. Com a dificuldade adicional para quem vem de Ana Rech no gargalo da saída de turno da Marcopolo e de outras empresas.
O problema é todo dia, apesar de não ter tido sequência o debate incipiente que alcançou o Legislativo quando o vereador Frizzo foi pego desprevenido e consumiu 50 minutos para se deslocar de Ana Rech até o prédio da Câmara.
Há alternativas para daqui alguns anos, ou até décadas. Fala-se em uma via alternativa à 116, por fora da cidade, mas não podemos esperar por ela. O problema é hoje. Na 116, há um trem de carros, ônibus e caminhões, como vagões enfileirados a partir das cinco da tarde, e no horário simétrico, no início das manhãs. Situação que só vai se agravar daqui por diante, com as montadoras despejando veículos nas ruas e estradas.
Esse é o problema da 116, para o qual não tem salvação. Mas agravadas por ele, surgem as dificuldades críticas e pontuais da rodovia, para as quais não se oferecem soluções: saída de Ana Rech, acesso ao Planalto, situação do pedestre, que só atravessa a rodovia mediante alto risco diante desse trem descontrolado de veículos, cruzamentos encrencados, como na Luiz Michielon, na Angelina Michielon, no acesso ao Serrano, e o mais encrencado deles, no trevo do Hospital Geral. Só para dar uma idéia de como tudo demora e anda a passos paquidérmicos, já vai para dois anos as obras no acesso ao loteamento Vila Verde, na altura de São Romédio. E ainda pretendemos fazer todas as obras para uma Copa do Mundo em 3 anos... Santa e inocente pretensão!
Mas de volta à Câmara, o debate que se esboçou tem de seguir e carregar o Executivo junto por diante. A 116, via mais crítica do trânsito caxiense, é também o maior descaso da cidade. Quase nada se planeja a médio prazo, nada se articula para a BR, a não ser intervenções pontuais para Ana Rech e o Planalto, e aí fica-se a aguardar passivamente autorizações para as obras que nunca chegam.
Em pouco tempo, o vereador Frizzo consumirá mais de hora de Ana Rech até a Câmara.
Fonte: Jornal Pioneiro de 02 de julho de 2010 - Coluna Mirante.