15.10.08

Fisioterapia é tema de Tribuna Livre. Delegado do Conselho Regional defendeu a ampliação do serviço na saúde pública.

Na Sessão Ordinária de quarta-feira, dia 15, o Delegado do Conselho Regional de Fisioterapeuta do Rio Grande do Sul, Fábio Schaly, ocupou a Tribuna para falar sobre a profissão. No dia 13 de outubro foi comemorado o dia do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional, que tiveram o reconhecimento das funções em 1969. Schaly destacou que são 110 mil fisioterapeutas no país e 6 mil no Rio Grande do Sul. Para ele o campo de atuação não está saturado e pediu auxílio dos parlamentares na luta pela contratação de profissionais na saúde pública, uma das bandeiras da categoria. “É fundamental que a Câmara seja participante do debate da saúde e da aplicação dos recursos. Somos todos responsáveis pelo bem estar social. Sonhamos que a saúde esteja ao alcance de todos”, declarou. Alguns Vereadores aproveitaram para fazer questionamentos ao Delegado. O Vereador Vinicius De Tomasi Ribeiro/PDT comentou as demandas dos fisioterapeutas que vinham ao seu gabinete quando era presidente da Comissão de Saúde, salientou que é um trabalho fundamentalmente preventivo e perguntou: “Quais os principais objetivos para que o serviço público de saúde tenha os profissionais atendendo nas unidades básicas de saúde por exemplo?”. O Vereador Francisco Spiandorello/PSDB destacou que a gestão pública ainda não fez uma análise mais aprofunda da necessidade e dos benefícios desse trabalho. “Qual a diferença entre o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional? É a especialização?”, indagou o parlamentar. Já a Vereadora Geni Peteffi/PMDB ressaltou que tem conhecimento de muitos profissionais formados que estão sem oportunidades de trabalho. “O que a gente pode fazer para atender a população que precisa do serviço, e ao mesmo tempo abrir vagas aos profissionais?”, pediu. “Essas pessoas que não tem formação acadêmica, existe uma multa, fiscalização? Como se denuncia, e o que se pode fazer?”, questionou o Vereador Alaor de Oliveira/PMDB. Respondendo as dúvidas dos Vereadores, o Delegado do Conselho Regional de Fisioterapia do Rio Grande do Sul, Fábio Schaly, disse: “Na área pública nós temos cinco prestadores de serviços contratados, para prestar um serviço para mais de um milhão de pessoas porque atendem a vários municípios. Portanto, não atendem toda a demanda. Como nós conseguiremos pensar em fisioterapia se não temos o fisioterapeuta inserido nesse serviço? Existe um anseio da população em ser atendida. O fisioterapeuta é o agente que cuida das disfunções do movimento humano, na saúde da mulher e na reabilitação das pessoas portadoras de deficiências. O terapeuta ocupacional entra na questão da reabilitação, junto com parte cognitiva e psiquiátrica. No nosso entendimento dois terapeutas ocupacionais não contemplam a cidade. A criação do cargo de fisioterapeuta é imprescindível para Caxias. Não podemos pensar em fisioterapia sem a criação do cargo e a inserção do profissional da saúde pública”. Schaly encerrou informando que a Vigilância Sanitária é o orgão competente para analisar as denúncias de atuação de profissionais não habilitados. Fonte: Câmara Municipal de Caxias do Sul