7.5.11

Vereadores sugerem o tombamento do prédio da antiga MAESA

Frizzo indicou que o local, de propriedade do estado, sediasse um mercado público.
As medidas de contenção de despesas anunciadas pelo governo Tarso Genro, chamadas de Programa de Sustentabilidade, foram ao debate, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (5). As ações, que buscam garantir a sustentação financeira do estado, estão em avaliação pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão.
O vereador Elói Frizzo/PSB trouxe ao plenário uma das metas do plano, que prevê economia por meio da venda de imóveis de propriedade do estado. Comentou que um dos prédios em questão é o da antiga Metalúrgica Abramo Eberle SA, a MAESA, localizado à rua Plácido de Castro. No momento, o grupo Voges ocupa o edifício. Ele informou que, pela previsão atual, o prédio deverá ser entregue ao estado no prazo de dois anos.
O parlamentar mostrou-se preocupado com o anúncio, ao lembrar a importância histórica da construção, símbolo da industrialização de Caxias do Sul. Ao defender que o prédio permaneça sob o domínio local, Frizzo indicou que a localidade poderia dar espaço, por exemplo, a um mercado público municipal. Ressaltou que representantes da União das Associações de Bairros de Caxias do Sul (UAB) no Conselhão formularam um pedido de tombamento. Até a próxima semana, a solicitação será encaminhado ao prefeito municipal, para que faça a intermediação junto ao governo do estado.
Em apoio, o vereador Vinicius Ribeiro/PDT sugeriu que a Câmara encaminhe uma moção ao governo estadual, em defesa do tombamento do prédio. Arquiteto, Vinicius realizou estudos que indicaram possibilidades de utilização do espaço, em conformidade com o Plano Diretor. Dentre os apontamentos, o móvel integra a área de interesse cultural e de patrimônio histórico do município. Além disso, o prédio é candidato ao processo de tombamento histórico.
Vinicius reforçou que a necessidade de o edifício permanecer como de propriedade pública. Dessa maneira, explicou, o tombamento traria potencial construtivo ao espaço, cuja venda viabilizaria as reformas necessárias, sem a exigência de investimentos adicionais da prefeitura.
Para o vereador Mauro Pereira/PMDB, a bancada petista da Câmara poderia intervir junto ao governo, para evitar que o prédio seja leiloado. O peemedebista cogitou que a extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS) pudesse ocupar o local.
05/05/2011 20:22 Assessoria de Comunicação Câmara de Vereadores de Caxias do Sul