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Maesa deveria estar tombada faz tempo

10 de maio de 2011 | Fonte Pioneiro.com Maicon Damasceno No máximo até esta quarta-feira, a UAB protocola solicitação ao prefeito José Ivo Sartori (PMDB) para que encaminhe ao Comphac caxiense, o Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade, pedido de providências para o tombamento do prédio da antiga Maesa, onde hoje está instalado o Grupo Voges. Simultaneamente, a Câmara vota na sessão também de quarta-feira uma moção em que faz a mesma solicitação de tombamento ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Isso porque, atualmente, o prédio é propriedade do Governo do Estado, que o recebeu em troca de dívidas de antigos proprietários do prédio. Chama atenção que aquele imenso complexo industrial (foto acima), onde orginariamente funcionava a fundição da Metalúrgica Eberle, de importância extraordinária para a história da cidade, não tenha sido tombado anteriormente. O vereador Edio Elói Frizzo (PSB) alertou na Câmara que, como o prédio é do Estado, bem poderia ser incluído no chamado Programa de Sustentabilidade Financeira anunciado pelo governador Tarso Genro (PT). Em um de seus itens, o programa prevê a venda de imóveis do Estado. Como o prédio da Maesa não está tombado, ficaria então desprotegido. Atualmente, e pelos próximos dois anos, é o Grupo Voges, com a Voges Fundição, quem ocupa a área de 40 mil m² de terreno e 30 mil m² de área construída, mediante acordo celebrado com a Procuradoria Geral do Estado. O grupo já tem obras em andamento da nova Voges Fundição, no Distrito Industrial, com projeção do início das operações em 2012. O plano da empresa é de transferir todo o maquinário até o final de 2013. Frizzo idealiza um mercado público no prédio da Maesa, nos moldes do de Porto Alegre, com uma série de outras finalidades culturais, porque a área é muito grande. É tanto espaço que possibilita outros aproveitamentos, entre eles para atividades hoje malcolocadas na cidade. O vereador cita como exemplo o camelódromo. Essa destinação ampla e diversificada imprimiria um dinamismo cultural, histórico e de lazer à cidade sem precedentes e revitalizaria por completo uma área de transição entre os bairros Exposição, Lourdes e Cristo Redentor, hoje com poucos atrativos urbanos. O prédio da Maesa é de 1948. Segundo Frizzo, foi construído em estilo arquitetônico manchesteriano (tendo como influência prédios industriais da cidade de Manchester, na Inglaterra). Ele situa-se no imenso quarteirão compreendido entre as ruas Plácido de Castro, Dom José Baréa, Treze de Maio e Pedro Tomazi. Sua importância para a história da cidade é vital. Essa, portanto, é uma grande notícia, de enorme relevância para a cidade.