25.4.09

Um colégio octogenário

23/04/2009 N° 10407 JORNAL PIONEIRO EDUCAÇÃO 80 anos do Murialdo serão lembrados hoje em sessão promovida pela Câmara. Caxias do Sul – O prédio que hoje ocupa espaço privilegiado na Avenida Rio Branco, no bairro Ana Rech, tornou-se escola em 1929, quando um grupo de padres josefinos chegou na cidade para catequizar a comunidade. Fundado pelo religioso Agostinho Gastaldo, o Colégio Murialdo completa 80 anos em 2009 e reforça os laços entre os alunos, suas famílias e a paróquia. Os princípios do educador italiano Leonardo Murialdo, criador da Congregação de Padres Irmãos Murialdo, resistiram ao tempo e ainda hoje são repassados.
– Herdamos o lema dele: é preciso educar o coração. Fomos atualizando e hoje usamos o método que chamamos de educação do coração, onde o lado humano é sempre priorizado – enfatiza o diretor do Murialdo, o padre baiano Gilberto Florença da Câmara. Inaugurado em março de 1929, o colégio de Ana Rech foi o primeiro da Congregação dos Murialdo no Brasil, que tem mais uma escola em Caxias e outras em Porto Alegre e em Araranguá (SC). O prédio abrigou a Escola Rural, que formava professores para lecionar em propriedades do interior gaúcho, além do popular curso de datilografia e a Escola de Instrução Militar Tiro de Guerra, onde os alunos conseguiam o certificado de reservista sem precisar frequentar o Exército. Atualmente, são cerca de 400 alunos que integram os ensinos fundamental e médio no colégio, muito diferente dos 30 alunos internos e 26 externos que inauguraram a escola há 80 anos. Naquela época, o ensino oferecido era de 1ª a 5ª série e a escola só recebia estudantes do sexo masculino. Os que não viviam nas proximidades de Ana Rech tinham a oportunidade de morar na escola, desde que seguissem a doutrina rígida dos padres da época. – Se encontrassem alguém fumando, esse era mandado embora. Também tinha missa todos os dias. Os padres exigiam disciplina e defendiam o respeito e a moral – destaca padre Gilberto.
Pelo fim da disputa política - Mirante, 23/04/09 Acabar com a disputa política entre os municípios da Serra por conta do melhor local para o novo aeroporto regional. Essa é a meta da governadora Yeda Crusius (PSDB), que ontem recebeu o prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), o presidente da Câmara, Edio Elói Frizzo (PSB), e o presidente da CIC, Milton Corlatti. Sartori, Frizzo e Corlatti não fizeram campanha para o distrito caxiense de Vila Oliva, apontado duas vezes pela Anac como a área mais apropriada. Usaram outra estratégia, mais sutil: apenas pediram a Yeda que leve em conta a questão técnica no momento de definir o local do novo aeroporto. Mesmo assim, ressaltaram que Vila Oliva está gravada no Plano Diretor. Como resposta, Yeda disse que determinou que o Departamento Aeroportuário do Estado (DAP) e a Secretaria de Infraestrutura e Logística façam uma mediação entre os municípios interessados no novo aeroporto para buscar um consenso. A governadora, no entanto, enfatizou que vai, sim, considerar muito o aspecto técnico ao definir o local. A tucana também salientou que o modelo de aeroporto pretendido pelo Estado deve contemplar transporte de cargas e de passageiros e ser uma alternativa ao Salgado Filho. A declaração de Yeda dá a entender que Vila Oliva, por ter a capacidade de receber maiores pista e terminal de passageiros, deve ser o escolhido. O anúncio oficial pelo Estado, porém, só será feito quando a Anac divulgar o reestudo sobre as melhores áreas para o aeroporto. Seja qual for o local escolhido, é bom saber que o Estado tomou as rédeas desse processo, que já estava descambando para uma improdutiva disputa entre cidades e lideranças da Serra. A propósito Com a justificativa de que não queria criar um embaraço, Sartori acabou não falando com Yeda sobre a conclusão da obra do trevo entre a RS-122 e a Rota do Sol, na saída para Flores da Cunha. O excesso de zelo fez o prefeito perder ótima oportunidade de arrancar um compromisso da governadora. Fonte: Stefan Ligocki Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini