
Valores para a ampliação não chegam a 5% do custo da construção do novo aeroporto.
A Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação se reuniu na tarde desta quinta-feira (16) para discutir as condições do aeroporto Regional Hugo Cantergiani. Estiveram presentes o Diretor do Aeroporto Regional José Henrique Elustondo, o Presidente do Aeroclube Roberto Grazziotin, o Comandante de Aeronaves e Diretor da Empresa Migra Carlos Alberto Bertotto, os Vereadores Renato Nunes/PRB, Arlindo Bandeira/PP, Moisés Paese/PDT, Geni Peteffi/PMDB, Gustavo Toigo/PDT e Ari Dallegrave/PMDB.
A construção do aeroporto iniciou em 1952. O aeroclube se instalou no local em 1941 com a chegada do PP-TDA, primeira aeronave da Campanha Nacional de Aviação, de Assis Chateaubriand. Em 1988 chegou a Caxias a primeira linha aérea, com a Rio-Sul operando o trecho Caxias/São Paulo.
O Presidente da Comissão, Vereador Mauro Pereira/PMDB explicou que o encontro se deu a partir da entrega, no mês de outubro, de um Dossiê feito por piloto e pessoas que utilizam o serviço, indicando as melhorias que devem ser feitas.”Nós temos que nos posicionar com relação ao nosso aeroporto com o objetivo de ajudar. Temos que ouvir as reivindicações de quem vive esta realidade para sabermos o que pode e deve ser feito”, defendeu.
O Diretor José Henrique Elustondo acredita que o aeroporto pode ser utilizado por mais 20 anos, desde que haja investimentos na sua infraestrutura.
Além disso, Elustondo anunciou que a ampliação do terminal de passageiros (que hoje conta com a área de 1820m² e passará a ter 2400 m²) já está em processo de licitação, e que serão adquiridos equipamentos de raio X para o controle de bagagens e pretende-se construir banheiros na sala de espera.
Outra questão abordada foi o tamanho da pista de pouso e decolagem, que se localiza muito próxima de casas e edifícios. Foi sugerido pelos especialistas um possível ampliamento da pista, em 5 metros de cada lado, o que a faria chegar a 40 metros.
Já está sendo desenvolvido projeto para implantação de muros com guaritas e um circuito fechado de segurança para garantir maior segurança dos utilitários do serviço.
Além disso, foi discutido o problema da EPTA (Estação Permissionária de Telecomunicações Aeronáuticas), que faz o trabalho de uma torre de controle. Segundo eles, o problema é que este trabalho só é desenvolvido durante 1he 30 min por dia, e durante os vôos da Gol, porque a empresa paga pelo serviço. A solução para este impasse seria o aumento do horário de funcionamento da EPTA, em um tempo mínimo de 17 horas.
“É possível transformar o aeroporto em um Aeroporto Internacional, que trabalhará sob demanda, desde que seja implantado salas da polícia federal, receita federal e vigilância sanitária”, apontou Carlos Alberto Bertotto . Segundo ele, o aeroporto poderia abastecer vôos fretados inclusive os que viriam para a Copa de 2014.
A Vereadora Geni Peteffi/PMDB questionou os técnicos sobre os possíveis valores necessários para melhorar os serviços deste aeroporto. Segundo Elustondo, os valores gastos não chegariam a 5% do valor que deverá ser investido para a construção do novo aeroporto, sem local definido.
“É surpreendente saber que o nosso aeroporto tem potencial para se tornar um aeroporto internacional”, mencionou o Vereador Moises Paese/PDT.
“No momento toda a atenção e preocupação está voltada para a construção deste novo aeroporto. Mas até a conclusão das obras, irá se levar de 10 a 15 anos. Não podemos perder todo esse tempo e deixar de dar prioridade a este aeroporto que já existe”, defendeu o Vereador Ari Dalegrave/PMDB.
O Vereador Gustavo Toigo/PDT mencionou sua preocupação quanto a segurança dos usuários do serviço.
O Vereador Renato Nunes/PRB concordou com a preocupação do colega e defendeu a importância da ampliação da segurança também para os moradores da região.
A Comissão é composta pelos Vereadores Arlindo Bandeira/PP, Denise Pessôa/PT, Geni Peteffi/PMDB, Gustavo Toigo/PDT e Mauro Pereira/PMDB.