9.7.08

Funcionários dos Correios reivindicam adicional de risco.

Integrantes do sindicato participaram da Sessão e buscaram apoio dos parlamentares à causa.
Na Sessão Ordinária, desta terça-feira (08.07.2008), funcionários dos Correios de Caxias do Sul ocuparam a tribuna da Câmara de Vereadores para explicar os motivos que levaram a categoria a entrar em greve. O diretor do sindicato dos Correios, Gilvan Hoffman, explicou que a proposta de PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) sugerida pela empresa não corresponde às reivindicações dos funcionários.
De acordo com Gilvan, esta proposta dos Correios criaria um adicional de atividade de distribuição e coleta com valor fixo, desta maneira negando a legalização do adicional de risco reivindicado pelos funcionários. “Queremos o retorno do adicional de risco de 30%, e pedir apoio de vocês contra esse assalto aos trabalhadores”, disse.
A delegada sindical Suzana Ribeiro também manifestou-se. “Estamos aqui como trabalhadores dessa cidade e a nossa profissão é penosa. Nossa saúde está debilitada pelo excesso de peso que carregamos, risco de assaltos que corremos, cachorros que nos atacam, risco de sermos atropelados a qualquer momento. Por isso defendemos o adicional de risco”, alertou.
Já Paulo Amaro Ferreira, também membro do sindicato, leu uma carta aberta que explica os motivos da greve dos trabalhadores dos Correios. De acordo com ele, existe a possibilidade de privatização da empresa num futuro próximo. “A empresa busca um sucateamento dos Correios, porque, assim, a população começa a reclamar e abre-se um precedente para uma possível privatização”, ressaltou.
O presidente do Legislativo, Vereador Edio Elói Frizzo, falou em nome de todos parlamentares. “Gostaria de reafirmar de que nós temos sido solidários com essa luta. Já por duas ou três tentativas tentamos fazer um contato com o gerente regional dos Correios e ele se nega a falar. Proponho uma Moção conjunta de todos os Vereadores à favor da luta desses trabalhadores e também reafirmando nossas reivindicações com relação ao serviço prestado à comunidade de Caxias”, complementou.